Caducidade da concessão, no entanto, terá que ser determinada pela Aneel
Depois de uma reunião de três horas entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, foi decidido que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começará os trâmites para romper o contrato da Enel — distribuidora de energia que atua em 24 cidades paulistas — diante dos apagões que ocorrem desde 2023.
“Foi apresentado mais documentos que atestam a ineficiência da Enel. A Enel não tem estrutura e compromisso para fazer frente às necessidades principalmente quando há situação adversa”, disse o prefeito Nunes. “A conclusão de comum acordo é de que a Aneel será instada pelo Ministério de Minas e Energia a dar início no processo de caducidade, rompimento de contrato.”
O último grande transtorno ocorrido na capital paulista e Grande São Paulo foi a falta de energia diante de vendaval ocorrido na quarta-feira, 9. Com a queda de árvores em diversos pontos, houve falta de energia. De acordo com Nunes, quase uma semana depois, cerca de 50.000 moradias ainda estavam com falta de luz na região. No total, ao menos 2,2 milhões de residências ficaram sem o serviço diante do ciclone registrado há menos de sete dias.
O ministro Silveira não citou prazo para análise por parte da Aneel, mas disse esperar análise rigorosa e que “possa dar a resposta o mais rápido possível ao povo de São Paulo, iniciando o processo de caducidade que vai resultar, com certeza, na melhoria na qualidade do serviço de distribuição que é o serviço mais sensível do setor elétrico”. Ainda segundo Silveira, a análise é de que a Enel perdeu condições de estar a frente do serviço de concessão na Grande São Paulo e capital paulista.
Fonte: Veja
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