Após crise, tucanos da capital tiveram reunião com filiados que apoiaram reeleição do prefeito
Partido, que já foi o maior da cidade, tem sofrido esvaziamento nos últimos anos
Membros do PSDB da cidade de São Paulo que haviam sido escanteados durante a campanha municipal no ano passado voltaram a militar no partido. No último sábado (1º), uma reunião em São Paulo marcou a reconciliação.
Os cerca de 120 dirigentes são do grupo liderado pelo ex-presidente do partido na capital Fernando Alfredo.
No ano passado, eles apoiaram a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e ficaram contra o candidato oficial tucano, o apresentador José Luiz Datena, que teve apenas 1,84% dos votos.
Os militantes, incluindo figuras históricas do partido e lideranças de diretórios zonais, tiveram o nome excluído dos registros internos e barrados de atividades partidárias. O único expulso foi Alfredo, que pode ainda retornar à legenda, dentro do processo de recomposição.
A busca por pacificar o partido, que perdeu quadros expressivos na capital no último ano, começou no mês passado com a eleição do novo presidente municipal, Luiz Oliveira, quadro egresso da juventude tucana.
Ligado a Paulo Serra, presidente do diretório estadual e ex-prefeito de Santo André, ele sucedeu o ex-senador José Aníbal, um dos últimos quadros históricos do PSDB e desafeto de Alfredo.
A busca dos membros afastados pela nova direção, mostra que o partido em São Paulo não teria força sem a militância que apoiou o atual prefeito na última eleição. Segundo envolvidos na reaproximação do tucanato paulistano, o gesto de Oliveira mostra que as atitudes do seu antecessor em afastar nomes importantes do partido e lançar candidatura própria, foi equivocada e danosa à legenda.
Segundo integrantes do partido, o PSDB agora está unificado no apoio a Nunes e com boa relação também com o governo Tarcisio de Freitas (Republicanos), embora Serra esteja se apresentando como pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem.
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