Professor Alckmin é recebido com bateria de alunos de medicina


Médico anestesista, Alckmin vai retomar estudos sobre o uso de acupuntura na medicina

O ex-presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) dá aula de medicina na Uninove, em Bauru (SP), onde foi recebido com bateria dos alunos e vestiu camisa do curso 
Foto: Bruno Mestrinelli/Folhapress

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ministrou nesta segunda-feira (10), em Bauru, no interior de São Paulo, sua primeira palestra a alunos de medicina da Uninove. Ele foi contratado como professor pela instituição e vai percorrer as unidades da universidade no estado.

O tucano foi recebido por uma bateria formada por alunos e falou sobre demografia, estresse, ansiedade e depressão, durante duas horas.

​Cerca de 200 estudantes de medicina assistiram à palestra de Alckmin, que disse estar feliz por voltar às salas de aula. "É uma paixão. Sempre fui professor, dei aula no cursinho, dava aula na faculdade".

Médico anestesista, ele vai retomar estudos sobre o uso de acupuntura na medicina. "Agora estou unindo anestesia e acupuntura, vou fazer um trabalho, um estudo sobre tirar a dor de pacientes com câncer [com auxílio de acupuntura]", explica. 

No fim da aula, os mais desavisados poderiam achar que se tratava de um evento de campanha eleitoral. Sorridente, Alckmin posou para fotos com todos que pediram, brincou com os alunos e se disse feliz pela recepção: "Guardem um lugar para mim na Furiosa [bateria dos alunos]". 

O tucano comentou a diplomação de Bolsonaro, dizendo esperar que o governo dele "dê certo". "O Brasil tem pressa, você tem 12 milhões de pessoas desempregadas. Precisamos aproveitar o bom momento da economia mundial". 

Questionado se o PSDB vai fazer parte do governo, Alckmin disse que ninguém vai representar o partido na gestão que começa no dia 1º de janeiro. "O PSDB vai ser independente. Não vai indicar ninguém". 

O ex-presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) dá aula de medicina na Uninove, em Bauru (SP), onde foi recebido com bateria dos alunos e vestiu camisa do curso 
Foto: Bruno Mestrinelli/Folhapress

Ele citou o exemplo do ex-deputado Júlio Semeghini (SP), cotado para a secretaria-executiva do Ministério da Ciência e Tecnologia. "Ele já indicou que vai se desfiliar", afirmou. Alckmin, porém, disse que os tucanos podem apoiar eventuais reformas que possam ter afinidade com o programa do partido.

O ex-governador de São Paulo disse ainda que os pedidos de expulsão endereçados ao diretório nacional do PSDB vão ser analisados caso a caso e que não vai interferir na decisão. As primeiras solicitações já estão com o jurídico. 

"Vão decidir se vai arquivar ou abrir o processo", afirmou. Estão na mira do conselho de ética da legenda nomes como o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman. Eles são acusados de não terem seguido orientações partidárias e apoiado concorrentes de seus correligionários em outubro.

Alckmin comentou também a mudança de diretriz do programa Mais Médicos, depois da saída dos profissionais cubanos. Para ele, se os médicos forem brasileiros é melhor, mas que o problema do país não é a falta de mão de obra na área.

"Precisamos ter médicos dispostos a ir aos locais mais longínquos. O problema nosso não é falta de médico, é da distribuição deles. É preciso criar mais estímulo para você conseguir fixar médicos nas regiões mais difíceis."

As informações são do site Folha.com.

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