Viúva de Vladimir Herzog declara voto em Alckmin e diz que no PT, depois de tantos escândalos, não dá mais


Clarice se declara de esquerda e diz que votar no PT não dá mais

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Clarice Herzog

Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada hoje (6/8), Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, morto dia 25 de outubro de 1975, dentro do Doi-Codi de São Paulo, órgão da repressão do governo militar.

Veja o trecho da entrevista onde Clarice declara apoio ao candidato tucano Geraldo Alckmin:

Vai votar em quem? Em nosso governador [Geraldo Alckmin (PSDB)]. Gosto muito do Henrique Meirelles (MDB), fez um trabalho muito bom na economia, mas não tem experiência nenhuma, não tem traquejo político. Aguentar aquilo ali deve ser barra pesada. 

Como se classifica politicamente? Sou de esquerda.

Vota no PT? Não, sou contra o PT. Depois de tantos escândalos, não dá mais.

Clarice e a viúva de Manoel Fiel Filho, operário cuja morte no Doi-Codi também foi registrada como suicídio, foram homenageadas no verso “Choram Marias e Clarisses” da música “O Bêbado e a Equilibrista”, dos compositores João Bosco e Aldir Blanc, eternizada na voz de Elis Regina.


O jornalista Vladimir Herzog e sua mulher, Clarice

No mês passado, dois fatos trouxeram o assassinato novamente à tona. No dia 4, divulgou-se que a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil por não esclarecer o crime e ordenou a retomada das investigações. No dia 30, o Ministério Público Federal em São Paulo anunciou que vai reabrir o caso.

Em entrevista à Folha, ela defende que os horrores da ditadura não devem ser esquecidos e se diz assustada com a ascensão do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e com grupos que pedem intervenção militar no país.

Entrevista completa:

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