Ciro Gomes descambou para atentados contra instituições, diz nota de repúdio


Frederico Vasconcelos - Folha.com

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Associações que representam membros do Ministério Público e procuradores da República emitiram nota de repúdio às declarações de Ciro Gomes,pre-candidato do PDT à Presidência da República, durante sabatina, nesta terça-feira (17), na Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo.

Ao comentar pedido de investigação feito pelo Ministério Público, Ciro Gomes disse:

“Agora um promotor aqui de São Paulo resolveu me processar por injúria racial. E pronto. Um filho da puta desse faz isso e pronto. Ele que cuide de gastar os restinhos das atribuições dele. Se eu for presidente essa mamata vai acabar. Ninguém pode viver autonomamente, a lei está acima de todos nós”.

Para a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ciro Gomes “fez uso de palavras desrespeitosas, inapropriadas de manuseio por qualquer cidadão e ainda mais por uma figura pública que ocupou diversos cargos na República”.

“A vida pública impõe a todos os cidadãos o dever de tratamento respeitoso, para que o debate, sempre que necessário, ocorra no campo das ideias e nos contornos consagrados na Carta Constitucional em vigor, jamais descambando para atentados pessoais ou contra instituições”, afirma a manifestação assinada por Vitor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto, presidente da Conamp, e José Robalinho Cavalcanti, presidente da ANPR.

O Ministério Público de São Paulo considerou “inapropriados” os termos proferidos pelo pré-candidato e divulgou nota de esclarecimento sobre o episódio, informando, inclusive, que o inquérito policial foi requerido por uma promotora .

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