Sem-teto de invasões não podem furar fila da habitação, diz prefeito


Jovem Pan 

Prefeito Bruno Covas fala à Jovem Pan do gabinete da Prefeitura após queda de prédio no centro de São Paulo

Um dia após prédio ocupado que estava sob responsabilidade do município pegar fogo e desabar, o prefeito de São Paulo Bruno Covas disse que a política habitacional do governo não deve priorizar os desabrigados de invasões.

Covas afirmou que há 360 mil famílias aguardando casa própria em São Paulo, número que inclui pessoas que vivem em áreas invadidas, áreas de risco, ou com o aluguel social.

“Não podemos fazer uma política habitacional somente para as 45 mil famílias que estão em áreas invadidas. Não pode a partir de um pretexto de invasão furar uma fila, que temos em conjunto com o governo do Estado, CDHU e Cohab”, avaliou.

O prefeito prometeu “ampliar oferta de unidades habitacionais”. “Temos uma política em que temos que olhar para todo mundo, não apenas para as áreas invadidas, mas também para os que estão em área de risco ou há anos aguardando a casa própria”, declarou.


Reunião e fiscalização

Covas também disse que vai criar uma “força-tarefa” a partir de reunião com oito secretarias na tarde desta quarta-feira (2) para vistoriar 70 prédios ocupados.

Então, o prefeito disse que, se for o caso, poderá haver ações judiciais e o fechamento dos edifícios a depender do “nível de criticidade de prédios e invasões”.

A primeira reunião não envolve diálogo com os movimentos de defesa da moradia.


Visita

Covas, que fez visita-surpresa mais cedo ao Centros Temporários de Acolhida (CTA) Prates III, disse que apenas 43 desabrigados do prédio que desabou aceitaram ao acolhimento. O prefeito disse que foram dadas “107 opções” para as vítimas.

“A gente está tentando convencê-los de que o melhor é ir para esse acolhimento e estamos tentando entregar o mais rápido possível essa lista para o governo do Estado, que se disponibilizou a fornecer o aluguel-social, que é de R$ 1200 primeiro mês e R$ 400 nos meses subsequentes”, explicou Covas.


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