Doria diz querer unificar candidaturas do centro para ajudar Alckmin


Ex-prefeito nega que tentará ocupar lugar na disputa pela Presidência

Géssica Brandino - Folha.com


O ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (23) que têm trabalhado para unir partidos do centro em torno das candidaturas tucanas ao governo e à Presidência. Essa foi a explicação para a proximidade com o empresário Flávio Rocha (PRB) e para o encontro com o presidente Michel Temer, na última sexta-feira (20).

“O bom diálogo é parte da boa política. O Flávio é meu amigo de muitos anos e já sugeri ao governador Geraldo Alckmin que possam dialogar mais, ficar mais próximos, justamente com o objetivo de adiante, quem sabe no mês de julho, ter uma situação que vá do diálogo para a coalizão”, afirmou.

Adotando a estratégia de estabelecer o “diálogo aberto e forte”, o tucano também sugeriu buscar a aproximação do pré-candidato Álvaro Dias (Podemos). “Não estou defendendo a desistência de ninguém, mas o bom diálogo que mais a frente pode permitir a coalização em torno do melhor nome, que espero seja Geraldo Alckmin”.

De olho nas duas candidaturas do partido —por São Paulo e pela Presidência— Doria também conversou com Temer, mas afirma que o movimento não significa desrespeito a candidatura de Paulo Skaf no estado, que diz ser legítima.

Doria falou com jornalistas logo após palestrar para membros da Associação Comercial de São Paulo. Na apresentação, o ex-prefeito defendeu uma agenda liberal, priorizando privatizações, a recriação da Secretaria do Interior e um trem que ligue a capital à Campinas.

Ao apresentar os projetos planeja, Doria falou diversas vezes que era daquilo que o país precisava, embora sem deixar de pontuar que seu candidato e do partido é Geraldo Alckmin, um “homem de múltiplas qualidades”.

Os dois se encontraram duas vezes neste domingo (22), na casa do próprio Doria e depois para jantar. Segundo o tucano, a conversa foi bastante produtiva e serviu para traçar rumos para a campanha que será realizada em São Paulo, estado que o ex-prefeito aponta como decisivo para definir o futuro presidente do país.

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