Em SP, Temer diz que Geraldo Alckmin faz um trabalho excepcional e puxa salva de palmas para o governador


Temer diz a Alckmin que quer deixar país "nos trilhos" para sucessor
Evento fazia lançamento de programa de modernização da agricultura

MARIANA SANCHES - O GLOBO

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Em um evento para lançar, em São Paulo, o programa de modernização da agricultura Agro +, o presidente Michel Temer e o governador Geraldo Alckmin trocaram afagos públicos. Alckmin é virtual candidato à sucessão presidencial em 2018 e tem se movimentado para obter apoios. No início de seu discurso, Temer disse que Alckmin faz um trabalho "excepcional" , que tem "orgulho de ser de São Paulo" e puxou uma salva de palmas da plateia, composta por líderes de mais de 250 sindicatos patronais do setor, para ele. Em meio ao discurso que enaltecia suas ações nos últimos nove meses como presidente, Temer fez acenos à candidatura de Alckmin:

- A confiança vem sendo restabelecida e queremos entregar a quem venha, governador, um país nos trilhos - afirmou Temer.

Em seu discurso, Alckmin afirmou que "o governo federal tem ido muito bem" mas chamou a atenção para a preocupação dos produtores com o câmbio:

- Câmbio desvalorizado esquenta a produtividade - afirmou. Nos últimos meses, tem havido queda do valor do dólar frente ao real, atualmente em R$3 para US$ 1.

Ainda em seu discurso, Temer se desvinculou da gestão Dilma, da qual foi vice, dizendo ter iniciado seu governo há menos de um ano. Aproveitou para elencar medidas desvinculadas da questão agropecuária às quais o governo tem se dedicado. Citou a reforma do ensino médio e a reforma da previdência entre elas. E criticou as condições do país que herdou:

- Quando nós assumimos o governo, achavam que 2 ou 3 dias depois os 12 milhões de desempregados estariam empregados. É uma inverdade. Apanhamos o Brasil em uma fortíssima recessão. Primeiro, era preciso sair da recessão. A Petrobras estava, com o perdão da expressão, no fundo do poço - afirmou.

Segundo Temer, a recuperação econômica tem dado resultado e a expectativa é que nos próximos meses a inflação fique abaixo do centro da meta, em torno de 4%. O presidente afirmou que "Deus vem ajudando" o governo.

Por fim, defendeu com veemência a proposta de mudança nos regimes de aposentadoria:

- Ou você reforma a previdência hoje ou daqui a 10 anos, quando você bater à porta do governo, não haverá dinheiro para pagar, como já acontecesse com muitos estados - afirmou, reforçando que os já aposentados ou com processos em andamento não terão que se preocupar, porque tem "direito adquirido".



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