Doria estuda importar modelo do Central Park para o Ibirapuera


Organização cobre 75% dos gastos locais e recebe doações de milionários

Adriana Ferraz - O Estado de S. Paulo

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Vista do Ibirapuera

O prefeito eleito João Doria (PSDB) iniciou estudos para replicar no Parque do Ibirapuera o modelo de gestão do Central Park, de Nova York. Há 36 anos, quem cuida do mais famoso parque americano é uma organização sem fins lucrativos que já investiu US$ 875 milhões.

A estratégia do tucano é apresentar um projeto que não proponha a “venda” do Ibirapuera a uma única empresa, mas a um grupo de patrocinadores (pessoas físicas e jurídicas), reunido em um tipo de organização social. Mas o formato não está fechado. A possibilidade de concessão tradicional, com prazo de dez anos ou mais, também será estudada - seja qual for a escolha, a Câmara Municipal terá de aprová-la, por projeto de lei.

A inspiração americana é considerada apropriada por integrantes da equipe do tucano por permitir o envolvimento de toda a sociedade. A Central Park Conservancy, por exemplo, recebe doações de milionários americanos, celebridades, donos de multinacionais e frequentadores comuns. Lá, é possível financiar o plantio de novas árvores ou ainda adotar um dos 9 mil bancos - por US$ 10 mil, o patrocinador ganha o direito de ter seu nome gravado em uma placa. Por aqui, a intenção é semelhante: arrecadar fundos para prover o parque de melhorias.

Doria tem afirmado que fará uma gestão privada na Prefeitura para desburocratizar a máquina, aumentar a eficiência do poder público e, principalmente, reduzir custos - a gestão Fernando Haddad (PT) gasta R$ 22,7 milhões por ano só com serviços de manejo e segurança do Ibirapuera. O Central Park custa mais: US$ 67 milhões (cerca de R$ 214 milhões), mas 75% do montante é arrecadado pela organização gestora. O restante é de responsabilidade da prefeitura de Nova York. Se a mesma proporção fosse aplicada em São Paulo, o custo do Ibirapuera para a cidade ficaria em cerca de R$ 5,7 milhões.

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