'Quanto mais investigação, melhor', diz Alckmin sobre CPI da Merenda


Governador de SP falou nesta 2ª sobre a comissão que vai apurar fraude.

Marcello Carvalho - G1 

(Foto: Marcello Carvalho/G1)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que, "quanto mais investigação, melhor", ao comentar a CPI da Merenda. A declaração foi feita após a inauguração do anel viário de Piracicaba (SP) na manhã desta segunda-feira (27). A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vai apurar o esquema de fraude na compra alimentos para escolas em cidades do estado.

A CPI teve o presidente eleito na última quarta-feira (22), sob protestos de estudantes e da oposição, que reivindicam mais espaço na comissão – dos nove membros, apenas um não faz parte da base do governo estadual.

Questionado sobre a quantidade de deputados da base na CPI, o governador afirmou que a comissão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) é mais uma forma de apurar as denúncias de fraude, que já são investigadas pela Polícia Civil e Ministério Público. Alckmin repetiu que foi o próprio governo estadual que descobriu as suspeitas de irregularidades na merenda escolar em cinco prefeituras do estado de SP.

“Existe uma lei federal que diz que 30% da merenda escolar devem ser comprados da agricultura familiar. Então, em seis anos, nós fizemos três chamadas. Nessas chamadas ganhou o menor preço e o produto foi entregue. O que aconteceu é que se verificou que, dentro da cooperativa, eles fraudavam o próprio cooperado. A partir daí, abrimos investigação e colocamos na cadeia sete pessoas”, afirmou Alckmin.


Instauração da CPI

A CPI da Merenda foi criada no dia 30 de maio para investigar a suspeita de fraude no fornecimento de alimentos para escolas estaduais. O pedido de instauração de CPI para investigar contratos relacionados ao fornecimento de merenda escolar foi feito pelo PSDB no dia 10 de maio, logo após os estudantes ocuparem o plenário da Casa. Em menos de 24 horas, cerca de 70 deputados assinaram – mais que o dobro do exigido (32).

Dos nove participantes, apenas um não integra a base de apoio ao governador Geraldo Alckmin (PSDB): o deputado estadual Alencar Santana (PT). Os demais integrantes são Marcos Zerbini (PSDB), que foi eleito presidente, Barros Munhoz (PSDB), Estevam Galvão (DEM), Adilson Rossi (PSB), Jorge Caruso (PMDB), Gilmaci Santos (PRB), Coronel Camilo (PSD) e Delegado Olim (PP).

De acordo com o partido, o texto da oposição era limitado à Secretaria de Educação. Na proposta dos tucanos, serão investigados também os contratos com as prefeituras, o envolvimento de agentes públicos e agora, as empresas. O relator da CPI ainda não foi escolhido pela comissão.


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