Ibope: Reprovação de Dilma é a maior desde a redemocratização


Reynaldo Turollo JR.  - Folha.com


Pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira (30) aponta que 69% dos brasileiros avaliam o governo Dilma Rousseff (PT) como ruim ou péssimo, um ponto percentual a mais que na última pesquisa, divulgada em julho.

Os números mantêm a presidente como a que tem a pior avaliação desde o fim da ditadura militar.

A pesquisa mostra também que apenas 10% consideram o governo ótimo ou bom, ante 9% na pesquisa anterior.

Para 21%, Dilma faz um governo regular, e 1% não souberam ou não quiseram opinar. A soma pode dar diferente de 100% devido a arrendondamentos.

Os que desaprovam a maneira de Dilma governar são 82%, ante 83% em julho. Já os que disseram não confiar na presidente são 77%, contra 78% na última pesquisa –variações dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais.

Só 20% disseram confiar em Dilma, mesmo índice de julho.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 140 municípios de todo o país entre os dias 18 e 21 de setembro.

Popularidade de Dilma

Os impostos (90%) e a taxa de juros (89%) são os pontos mais desaprovados pela população, de acordo com a pesquisa.

As notícias sobre o governo mais lembradas pela população foram as relacionadas à Operação Lava Jato (13%), que investiga o esquema de corrupção na Petrobras e outros órgãos públicos. Em seguida, aparece a volta da CPMF, citada por 8% dos entrevistados, o aumento de impostos (7%) e os pedidos de impeachment da presidente (7%).

Na série histórica, o pior índice que um presidente havia atingido desde a redemocratização havia sido de 64% de ruim ou péssimo, em julho de 1989, por José Sarney.

A análise da série histórica também revela que a perda de popularidade no início do segundo mandato não é novidade. Porém, Dilma teve a queda mais intensa. Em dezembro de 2014, 40% da população avaliavam seu governo como ótimo ou bom. Neste mês, o percentual foi para 10%.

Na mesma comparação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou uma queda de 57% para 50%, e Fernando Henrique Cardoso, de 40% para 16%.

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