Cátia Seabra - Folha.com
Queixando-se de desgaste do PT e de falta de atendimento de suas demandas, 14 perfeitos de São Paulo já anunciaram ao partido a decisão de se desfilar do partido.
Em números absolutos, a debandada representa 20% das 68 prefeituras que o PT comanda no Estado.
Alegando que o número é pouco representativo se levado em conta a densidade eleitoral, o presidente estadual do PT, Emídio Souza, atribui esse desfalque ao assédio do vice-governador, Marcio França (PSB), e do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD).
Segundo Emídio, a exemplo de França, "Kassab está pescando em aquário petista".
Mais cedo, o petista disse que a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que estabeleceu que cargos majoritários pertencem ao eleito, e não à sigla, permitiu a debandada de prefeitos do PT.
"Eles perderam o medo. Essa é uma decisão que fragiliza a democracia", disse ele.
HADDAD
O presidente estadual do PT também minimizou o baixo desempenho do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), nas pesquisas. Segundo ele, Haddad tem ainda um ano para se recuperar.
"A prioridade agora é defender o mandato da presidente Dilma e rechaçar essa tentativa de impeachment sem motivo", disse.
Ele ainda disse que a senadora Marta Suplicy, prestes a se filiar ao PMDB, é quem "terá que se explicar sobre sua mudança partidária".
"Marta saiu do PT açudando desvios éticos e agora terá de conviver com o Eduardo Cunha e outros", afirmou, ao avaliar o efeito de eventual candidatura à Prefeitura de São Paulo da ex-ministra.
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi denunciado na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras. O peemedebista nega irregularidades.
Emídio afirmou ainda que a ex-ministra não tem garantia de vaga no PMDB para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016.
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