Líder do PSDB pede abertura de inquérito contra ministro de Dilma


Para tucano, ministro cometeu improbidade ao ‘misturar estruturas de Estado com órgãos partidários’ em documento interno sobre comunicação

DAIENE CARDOSO - O ESTADO DE S. PAULO

Dilma e  Thomas Traumann

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), protocolou nesta sexta-feira, 20, representação junto à Procuradoria da República do Distrito Federal pedindo a abertura de inquérito civil contra o ministro Thomas Traumann, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). O tucano alega que o ministro praticou improbidade administrativa ao produzir um documento cujo objetivo, segundo ele, seria promover a imagem pessoal da presidente Dilma Rousseff em um contexto político-eleitoral. 

No documento reservado do Palácio do Planalto revelado pelo Estado, a Secom apontava uma comunicação “errada” e “errática” do governo. Entre alguns pontos, o texto afirmava que os apoiadores de Dilma estavam levando uma “goleada” da oposição nas redes sociais e apontava como solução para reverter o “caos político” agravado pelos protestos de 15 de março o investimento maciço em publicidade oficial em São Paulo, cidade administrada pelo petista Fernando Haddad, e onde se concentra hoje a maior rejeição ao PT. “Não será fácil virar o jogo”, previa o texto. 

Na avaliação do líder do PSDB, o ministro usou a máquina administrativa e os recursos públicos em favor do projeto de poder do PT. “Pelo que se extrai do referido documento, em nenhum momento as ações da Secom visavam beneficiar o cidadão brasileiro, mas sim fazer com que a presidente Dilma se viabilizasse politicamente e eleitoralmente”, afirmou o tucano em nota. Entre as sanções ao qual o ministro está sujeito, em caso de condenação, está a perda da função pública.

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