Acesse a íntegra dos depoimentos da delação de Paulo Roberto Costa




O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi o primeiro investigado pela Operação Lava Jato a firmar um acordo de delação premiada. Considerado uma bomba política pelos contatos que tinha, fez o acerto em agosto do ano passado, após ser preso duas vezes.

Os depoimentos dados por Costa ao Ministério Público Federal foram tornados públicos por ordem do ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal). Na última sexta-feira (6), Teori divulgou lista com 50 investigados pela operação e tirou o sigilo dos 28 pedidos de abertura de inquérito contra deputados e senadores acusados de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

O pedido de investigação foi, em grande parte, calcado nos depoimentos de Costa, que era indicado do PP à diretoria da Petrobras. Por isso, a maioria dos políticos que serão alvo de investigação são filiados ao PP.

Acesse a íntegra dos depoimentos:
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Depoimento 1
29/8/2014 - Faz panorama geral sobre loteamento político da Petrobras, cartel de empresas, pagamento de propinas e repasses aos partidos políticos.
Depoimento 2
30/8/2014 - Explica como as empresas majoravam custos das obras para pagar o percentual aos partidos.
Depoimento 3
30/8/2014 - Afirma que Edison Lobão (PMDB) pediu repasses para campanha de Roseana Sarney (PMDB) ao governo do Maranhão.
Depoimento 4
30/8/2014 - Afirma que abasteceu campanha de Sérgio Cabral (PMDB) ao governo do Rio com caixa dois.
Depoimento 5
31/8/2014 - Fala que o senador Fernando Bezerra (PSB) pediu R$ 20 milhões para a campanha de Eduardo Campos (PSB) ao governo de Pernambuco.
Depoimento 6
31/8/2014 - Relata encontros com deputado Aníbal Gomes (PMDB) representando Renan Calheiros (PMDB).
Depoimento 7
31/8/2014 - Conta que Edison Lobão (PMDB) lhe pediu R$ 1 milhão, sem especificar os fins do dinheiro.
Depoimento 8
1/9/2014 - Conta que amigo de Humberto Costa (PT) lhe pediu R$ 1 milhão para ajudar em sua campanha ao Senado.
Depoimento 9
1/9/2014 - Afirma que Alberto Youssef lhe procurou afirmando ter recebido pedido do então ministro Paulo Bernardo de R$ 1 milhão para campanha de Gleisi Hoffmann ao Senado.
Depoimento 10
1/9/2014 - Afirma que foi procurado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pedindo doação de campanha.
Depoimento 11
1/9/2014 - Afirma que esteve com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e que este lhe pediu para dar atenção especial a uma empresa do irmão, que fechou contrato com a Petrobras.
Depoimento 12
1/9/2014 - Relato de pagamento para a campanha de Tião Vianna, em 2010, e detalhamento dos percentuais de propina entre as diretorias da Petrobras.
Depoimento 13
1/9/2014 - Relata pagamento de propina ao PP e o processo de substituição de Alberto Youssef por Henry Hoyer na função de emissário do PP junto à Petrobras
Depoimento 14
1/9/2014 - Relata pagamento de propina de R$ 10 milhões a Sérgio Guerra e ao PP para enterrar CPI da Petrobras em 2010. Afirma que o chefe de gabinete de Sérgio Gabrielli autorizou o pagamento da propina.
Depoimento 15
2/9/2014 - Relata pagamento de propina de R$ 500 mil a Valdir Raupp
Depoimento 16
2/9/2014- Diz que houve pagamento de propina para a campanha da Dilma, feito por intermédio de Antonio Palocci
Depoimento 17
2/9/2014 - Da informações vagas sobre pagamento de propina a campanha de Cândido Vaccarezza e citação a um deputado chamado Vander Luis dos Santos Loubet (PT-MS)
Depoimento 18
2/9/2014 - Relata pagamento de propina da Alstom para Delcídio Amaral
Depoimento 19
2/9/2014 - Lobby feito em favor de uma empresa indicada pelos deputados do PP Luiz Fernando Faria e José Otávio Germano. Paulo Roberto Costa confessa ter recebido 200 mil por ter indicado a referida empresa à Petrobras
Depoimento 20
2/9/2014 - Relata pagamento de R$ 4 milhões ao deputado Nelson Meurer
Depoimento 21
2/9/2014 - Relata pagamento de R$ 5,3 milhões ao deputado Pedro Corrêa
Depoimento 22
2/9/2014 - Relata pagamento de propina de R$ 5 milhões para Mário Negromonte
Depoimento 23
2/9/2014 - Relata pagamento de propina de R$ 5,5 milhões a João Alberto Pizzolati
Depoimento 24
2/9/2014 - Trata dos repasses de valores ao senador Benedito de Lira (PP-AL).
Depoimento 25
2/9/2014 - Afirma que o deputado Simão Sessim (PP-RJ) lhe procurou para pedir ajuda de R$ 200 mil para campanha.
Depoimento 26
2/9/2014 - Afirma que Aline Corrêa, ex-deputada pelo PP, nunca pediu pessoalmente valores a ele.
Depoimento 27
2/9/2014 - Afirma que Alexandre Santos (PMDB-RJ), ex-deputado, ofereceu imóveis na área próxima ao Comperj para serem alugados por empreiteiras, mas que nunca pediu valores.
Depoimento 28
2/9/2014 - Afirma que empresário chamado Jorge Luz intermediou contrato de uma empresa com a Petrobras e ganhou comissão que dividiu com ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Depoimento 29
2/9/2014 - Conta quando foi procurado por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ex-presidente da Câmara, que tentou convencer Petrobras a fazer obra em São Bernardo do Campo.
Depoimento 30
3/9/2014 - Conta que a Camargo Corrêa fazia parte do cartel de empresas e que o contato lá era o diretor Eduardo Leite.
Depoimento 31
3/9/2014 - Afirma que a Iesa também participava do cartel e que o contato era Valdir Lima Carreiro.
Depoimento 32
3/9/2014 - Afirma que o ex-presidente José Sérgio Gabrielli autorizou negócio em patamar superior ao mínimo fixado.
Depoimento 33
3/9/2014 - Afirma que a OAS é uma das principais envolvidas na cartelização, por meio de Leo Pinheiro e Agenor Medeiros.
Depoimento 34
3/9/2014 - Afirma que a OAS participava do cartel e que os valores para uso político eram repassados a João Vaccari Neto, tesoureiro do PT
Depoimento 35
3/9/2014 - Afirma que na diretoria de Abastecimento, era repassado 2% dos valores para uso político para João Vaccari Neto, e lista os nomes de contatos nas empresas do cartel
Depoimento 36
3/9/2014 - Afirma que a Costa Global foi aberta para prestar consultoria, mas resolveu usá-la para lavar o dinheiro de propina devida de quando era diretor, e relata os contratos simulados
Depoimento 37
4/9/2014 - Fala da participação da família em seus negócios e dos bens adquiridos
Depoimento 38
4/9/2014 - Relata as contas abertas no exterior e o repasse de informações privilegiadas ao cônsul da Grécia
Depoimento 39
5/9/2014 - Fala da Galvão Engenharia como participante do cartel
Depoimento 40
5/9/2014 - Fala que a Estre Ambiental pagou comissão ao lobista Fernando Baiano, que lhe repassou uma quantia
Depoimento 41
5/9/2014 - Afirma que convidou empresas menores para participar das licitações e relata a atuação do cartel
Depoimento 42
5/9/2014 - Diz que o presidente da Petrobras "provavelmente sabia" mas nunca tocou no assunto
Depoimento 43
5/9/2014 - Dá mais detalhes sobre contato com a Queiroz Galvão
Depoimento 44
5/9/2014 - Retifica depoimento 28 e muda o valor de comissão recebida da empresa Sargent Marine
Depoimento 45
5/9/2014 - Relata a participação da Andrade Gutierrez no cartel e a relação da construtora com Fernando Baiano. Afirma que o contato na Andrade Gutierrez era Paulo Dalmaso. Lista todas as empresas do cartel e conta o episódio em que Baiano disse que ele, Paulo Roberto Costa, tinha um saldo de 4 milhões no exterior. Cita vagamente cartelização em outras área de governo, como Eletrobras, hidrelétricas, portos e aeroportos
Depoimento 46
5/9/2014 - Relata pagamento de propina por parte da Alusa, que deu 2 milhões a Paulo Roberto Costa, por um contrato na Rnest (Refinaria Abreu e Lima). Cita vagamente cartelização em outras área de governo, como Eletrobras, hidrelétricas, portos e aeroportos
Depoimento 47
5/9/2014 - Relata como fez negócios com a Sanko Sider após deixar a Petrobras
Depoimento 48
5/9/2014 - Relata episódio em que a construtora Jaraguá prometeu dar 1% do que ganhasse em obras da Petrobras para o "caixa do PP", mas que a empresa não honrou com o compromisso.
Depoimento 49
5/9/2014 - Fala sobre a Mendes Junior, explicando que a construtora sempre pagava a propina a Youssef e não a ele, Paulo Roberto Costa.
Depoimento 50
7/9/2014 - Fala sobre o consórcio Unipar, sobre a Brasken. Não cita pagamento de propina.
Depoimento 51
7/9/2014 - Elenca as empresas do cartel, fala mais sobre UTC, ao lembrar que a construtora era sócia de Alberto Youssef em dois empreendimentos na Bahia –um hotel e um centro empresarial
Depoimento 52
7/9/2014 - Paulo Roberto Costa diz que recebia propina para passar informações privilegiadas a uma empresa de aluguel de navios. Cita as empresas envolvidas na negociata: Gandra Brokerage, Maersk.
Depoimento 53
7/9/2014 - Paulo Roberto Costa fala sobre pagamento de propina que recebeu de Fernando Baiano para que "não criasse problemas" na compra da refinaria de Pasadena. Cita o empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula, e Eike Batista. Fala ainda sobre suposta sociedade de Fernando Baiano com dirigente da Andrade Gutierrez
Depoimento 54
7/9/2014 - Aborda a compra de Pasadena e fala que, antes mesmo do fechamento do negócio, já estava acertado que Odebrecht e UTC iriam fazer uma obra em Pasadena
Depoimento 55
7/9/2014 - Detalha melhor o caso da propina que recebia para passar informações a empresa de aluguel de navios (depoimento 52)
Depoimento 56
7/9/2014 - Diz que a empresa Construcap não participava do cartel da Petrobras
Depoimento 57
8/9/2014 - Informa que a empresa de origem argentina Contreras não fazia parte da cartelização.
Depoimento 58
8/9/2014 - Trata de negócios de interesse da GDK; informa que não favoreceu a empresa na época em que era diretor de Abastecimento
Depoimento 59
8/9/2014 - Informa que o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) o procurou por volta de 2009/2010 para trata de um assunto relacionado à empresa Serveng Civilsan, que pretendia participar de licitações na Petrobras. Acredita que a Serveng "tenha feito o ajuste com as demais empreiteiras para vencer os certames". Afirma que Aníbal voltou a lhe procurar "possivelmente em 2008 e 2009", falando "em nome do senador" Renan Calheiros (PMDB-AL) para "efetivar a negociação" segundo a qual a Petrobras deveria comprar um terreno próximo a Caraguatatuba, pertencente à Serveng, terreno vizinho a uma área onde a Petrobras iria construir uma unidade de recebimento de gás. Ele disse que não sabe se a negociação foi efetivada
Depoimento 60
8/9/2014 - Informa sobre a empresa Tomé Engenharia
Depoimento 61
8/9/2014 - Informa sobre a empresa Toyo Setal, o "processo de cartelização" na Petrobras e a indicação política das diretorias da empresa.
Depoimento 62
8/9/2014 - Trata da empresa MPE, que teria sido instada a colaborar com o PP, mas ela declinou
Depoimento 63
9/9/2014 - Informa sobre a empresa Promon
Depoimento 64
9/9/2014 - Fala da empresa Schahin
Depoimento 65
9/9/2014 - Trata da empresa Skanska e contribuição para caixa da campanha do governador Sérgio Cabral e seu vice, Fernando Pezão, na eleição de 2010
Depoimento 66 - Está escrito 67
9/9/2014 - Informa sobre a empresa argentina Techint e contribuição ao caixa da campanha de Sérgio Cabral
Depoimento 67
9/9/2014 - Informa sobre João Vaccari e Renato Duque
Depoimento 68
9/9/2014 - Informa sobre o empresário do Rio de Janeiro Henry Hoyer de Carvalho, o cônsul da Grécia Konstantinos Kotronakis e pagamento sobre brokeragem
Depoimento 69
9/9/2014 - Informa sobre compra de veículo Evoke Dinamic "por conta de comissões relativas a contratos firmados entre Petrobras e empreiteiras"
Depoimento 70
11/9/2014 - Trata das obras na refinaria Repar, no Paraná
Depoimento 71
9/9/2014 - Informa sobre acusação de destruição de provas
Depoimento 72
11/9/2014 - Informa sobre plataformas e navios de produção
Depoimento 73
11/9/2014 - Trata da política de nomeação para cargos de diretoria na Petrobras
Depoimento 74
15/9/2014 - Fala da política de escolha para cargos de diretoria na Petrobras
Depoimento 75
15/9/2014 - Trata de negociação sobre a refinaria San Lorenzo na Argentina
Depoimento 76
15/9/2014 - Informa sobre contrato com a Odebrecht
Depoimento 77
15/9/2014 - Informa sobre contrato que iria beneficiar "o segundo marido" de Venina Velosa
Depoimento 78
15/9/2014 - Informa sobre condições da prisão
Depoimento 79
16/9/2014 - Trata de anotações em agenda pessoal de 2013 com capa preta
Depoimento 80
16/9/2014 - Informa sobre os seus negócios em família
Declaração 1
11/2/2015 - Fala sobre as disputas internas na Petrobras e reuniões com nomes do PMDB, incluindo Renan Calheiros e Romero Jucá, para buscar apoio para permanecer no cargo
Declaração 2
11/2/2015 - Fala sobre Samsung e contratos de navios-sondas
Declaração 3
11/2/2015 - Trata de pagamento de uma parcela de R$ 800 mil prometida pelo deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE)
Declaração 4
11/2/2015 - Informa sobre o pedido de R$ 2 milhões para campanha, pedido que segundo Alberto Youssef foi feito por Antonio Palocci
Declaração 5
11/2/2015 - Fala sobre deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-PE)
Declaração 6
11/2/2015 - Informa sobre o senador Fernando Collor (PTB-AL)
Declaração 7
11/2/2015 - Trata do senador Romero Jucá (PMDB-RR)
Declaração 8
11/2/2015 - Informa sobre reuniões com parlamentares do PP
Declaração 9
11/2/2015 - Informa sobre o deputado federal Alexandre Santos
Declaração 10
11/2/2015 - Informa sobre deputado federal Simão Sessim
Declaração 11
11/2/2015 - Trata do senador Delcídio Amaral (PT-MS)
Declaração 12
11/2/2015 - Informa sobre o pedido de R$ 2 milhões do senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Declaração 13
11/2/2015 - informa sobre a escolha de ovo interlocutor do PP junto a Costa, Henry Hoyer de Carvalho para substituir Alberto Youssef
Declaração 14
11/2/2015 - Trata de Candido Vaccarezza (PT-SP), Jorge Luz e Sargent Marine
Declaração 15
11/2/2015 - Sobre ajuda à campanha de Gleisi Hoffman (PT-PR) e pedido do ex-ministro Paulo Bernardo
Declaração 16
11/2/2015 - Informa sobre pagamento a campanha de Humberto Costa (PT-PE)
Declaração 17
11/2/2015 - Trata de pagamento a Valdir Raupp (PMDB-RO)
Declaração 18
11/2/2015 - Informa sobre parlamentares Otávio Germano e Luiz Fernando Ramos Faria, ambos do PP
Declaração 19
11/2/2015 - Informa sobre reunião com Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Eduardo da Fonte para tratar de "barrar" a CPI da Petrobras
Declaração 20
11/2/2015 - Trata do pedido de R$ 2 milhões feito para a campanha de Roseana Sarney (PMDB-MA) pelo ministro Edison Lobão
Declaração 21
11/2/2015 - Informa sobre pagamentos ao deputado João Pizzolatti (PP)
Declaração 22
11/2/2015 - Informa sobre a Petroquímica Triunfo 

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