O ex-chefe da Casa Civil e o ex-ministro da Fazenda disputam espaço dentro de possível governo Dilma
O otimismo dos petistas em relação a uma possível vitória de Dilma 
Rousseff nas eleições de outubro fez ressurgir no partido uma briga que 
marcou os três primeiros anos do governo do presidente Lula e opôs o 
então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e o ex-chefe da Casa Civil, 
José Dirceu, que anos mais tarde se queimariam em escândalos. Agora 
envolvidos na campanha presidencial, ambos voltam a demarcar território 
no campo petista e emitem sinais de que o confronto será retomado se 
Dilma vencer.
Palocci é coordenador da campanha petista, nos bastidores da qual 
atua o deputado cassado e lobista José Dirceu – que já disse a amigos 
que fará “tudo” para impedir que Palocci seja nomeado para a Casa Civil 
do novo governo. Dirceu não quer a volta ao governo do que, para ele, 
foi a visão fiscalista que marcou o início da gestão de Lula, quando a 
prioridade era economizar recursos para pagar a dívida pública.
Os dois desempenham papéis importantes na campanha. Atribui-se ao 
ex-chefe da Casa Civil a solução de situações embaraçosas para Dilma, 
como montagem de alianças regionais e a operação de desarme da crise do 
dossiê contra o tucano José Serra. Palocci é uma das pontes de Dilma com
 o empresariado, que o vê como “fiador” da confiabilidade da candidata e
 de freio a supostas pretensões de petistas tidos como radicais e 
socializantes.
Desde o início da campanha, Palocci trabalha para tirar Dirceu da 
linha de frente – e para afastar Dilma da imagem do ex-ministro. Para 
mostrar que o afastamento é real, no início de março, todos os 
principais dirigentes petistas foram convidados para o jantar de 
aniversário de Dirceu, em Brasília. Dilma não apareceu. Estava ocupada, 
participando de uma importante reunião com a bancada do PTB do 
ex-presidente Fernando Collor e do ex-deputado Roberto Jefferson – ao 
menos foi essa a versão oficial. Escapou assim das fotos, das 
entrevistas e do constrangimento de aparecer ao lado do companheiro 
apontado como o chefe da quadrilha do mensalão.
Fonte:  opiniaoenoticia.com.br
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