O pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, afirmou nesta sexta-feira que colocaria militares reformados para comandar o ministério da Segurança que pretende criar caso seja eleito.
"Criarei um ministério da Segurança com gente especializada. Aí você
põe como ministro um coronel da PM reformado, um general do exército
reformado, um policial federal experiente. A gente tem vários bons
exemplos no Brasil", disse ele, sem apontar quais seriam os exemplos.
As declarações foram dadas à RIC TV (Rede Independência de Comunicação), afiliada da Rede Record no Paraná.
Serra voltou a criticar o governo federal pela atuação na área de segurança pública.
"Tráfico de drogas e contrabando de armas é de responsabilidade
federal. Mas o governo federal não mergulha nisso como deveria. O
governo deveria compartilhar com os Estados as responsabilidades",
atacou.
O ex-governador de São Paulo negou que a reunião de cardeais do PSDB
levada a cabo na capital paulista nesta semana tenha tido o objetivo de
pedir a ele mais agressividade contra a pré-candidata Dilma Rousseff
(PT).
"Não houve tal reunião pedindo isso. Por outro lado, eu tenho meu
estilo. Sou do jeito que sou. Eu não estou fixado nos outros. Agora, é
claro que há questões a apontar. Há diferenças entre os candidatos, que
são dadas pela biografia, pelo que faz e pelo que pretende fazer. Mas
eu realmente não tendo a ser agressivo em campanha eleitoral".
Na entrevista, o pré-candidato do PSDB reclamava do atual sistema
tributário quando aproveitou para criticar o corte de R$ 10 bilhões no
Orçamento federal, anunciado nesta semana pelo governo.
"Inclusive agora o governo federal anunciou cortes na saúde e na
educação. E arrecadou R$ 500 bilhões [até o dia 2 de junho]. Isso
mostra que o dinheiro não está sendo bem gasto. Você não vai à área que
é a mais problemática, que é a saúde, cortar. Na área que é mais
importante, que é educação, e cortar".
Serra defendeu que se faça no Brasil com o PIS e a Cofins o mesmo
que o governo do Estado de São Paulo faz com o ICMS: a devolução aos
consumidores de 30% do imposto recolhido pelo estabelecimento. A medida
foi criada quando ele estava à frente do governo paulista.
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