Alckmin critica Bolsonaro e diz que não será 'pau mandado de banqueiro'


Em agenda no Rio, candidato do PSDB criticou propostas do economista Paulo Guedes, que coordena plano econômico de Bolsonaro. Tucano disse que fará governo para a classe média e os mais pobres.

Carlos Brito - G1 

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, discursa durante evento no Rio de Janeiro 
Foto: Carlos Brito/G1

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, fez críticas nesta segunda-feira (24) ao adversário Jair Bolsonaro e às propostas de Paulo Guedes, economista que coorderna o programa econômico do candidato do PSL.

Alckmin cumpriu agenda de campanha no Rio de Janeiro. Ao falar com a imprensa, o tucano criticou as propostas de Paulo Guedes que disse, em encontro com investidores, que estava em seus planos propor a criação de um tributo nos moldes da CPMF em substituição a outros impostos e unificar a alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Física em 20%.

Segundo o candidato do PSDB, tais propostas são o "primeiro tiro" de Bolsonaro contra o contribuinte. Alckmin disse que, se for eleito, fará um governo voltado à classe média e aos mais pobres e que não será "pau mandado de banqueiro", em referência às propostas liberais de Paulo Guedes.

"O primeiro tiro que ele [Bolsonaro] deu foi no bolso do contribuinte, querendo aumentar imposto, diminuir imposto de renda para rico, onerando a classe média, porque não se poderia mais descontar com educação e saúde, e criando mais um imposto que é a CPMF. Eu não vou ser pau mandado de banqueiro. Vou fazer um governo voltado à classe média e aos mais pobres, voltado a recuperar a economia brasileira e fazer um país mais justo", disse Alckmin.

O tucano aproveitou a entrevista para dizer que há gente "bem intencionada" declarando voto em Bolsonaro porque tem "medo" que o PT volte ao poder. Alckmin, porém, disse que o candidato do PSL "não tem a menor condição" de vencer Fernando Haddad em um eventual segundo turno.

“Tem gente bem intencionada votando no Bolsonaro com medo do PT. Só que o Bolsonaro não dá conta do PT. Se ele for para o segundo turno, não dá conta do PT, evidente. Não tem a menor condição. E depois, se for eleito, não dá conta do Brasil. Não é uma situação fácil. E não é o caminho o caminho da bala, o caminho do ódio", disse.

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