Campanha de Alckmin se mostra otimista e diz que pesquisa é retrato o momento


"O eleitor começará a definir o seu voto a partir de agosto", diz nota oficial da campanha tucana

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Geraldo Alckmin 

O ex-governador paulista Geraldo Alckmin oscila entre 6% e 8% das intenções de voto nos diferentes cenários testados. E em alguns dos cenários, Alckmin aparece ainda atrás do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que se filiou ao PSB mas ainda não decidiu-se se será ou não candidato. Barbosa oscila entre 9% e 10% nos vário cenários apresentados aos eleitores.

Mesmo assim, os tucanos viram um dado positivo na pesquisa: sem o ex-presidente Lula candidato, Alckmin é o único nome capaz de vencer o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Nesse cenário sem Lula, se chegar ao segundo turno, Alckmin também empataria com Ciro Gomes (PDT) .Os tucanos criticam o fato de a pesquisa incluir no questionário de consultas candidaturas ainda não colocadas, como a de Joaquim Barbosa, e de Lula, inelegível pela lei da ficha limpa.

— A eleição está longe, mas um bom dado é que Geraldo vence Bolsonaro num provável segundo turno — avalia o ex-líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), vice-presidente nacional do PSDB e pré-candidato ao Senado na chapa de Alckmin.

Os integrantes do comando da campanha de Alckmin apostam que ele irá aglutinar alianças de partidos de centro, o que poderia ser reforçado com Joaquim Barbosa, de perfil de centro-esquerda. O tesoureiro nacional do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), diz que a pesquisa precisa ser vista com cautela neste quadro em que candidaturas seguras misturam-se a meras possibilidades — caso de Lula e Barbosa — criando cenários e números de relevância questionável.

— Números, aliás, que não permitem inferir qualquer tipo de evolução, já que todos os cenários apresentados diferem dos apresentados na pesquisa anterior do mesmo instituto. A campanha de Geraldo Alckmin está otimista com a receptividade encontrada nesse início de pré-campanha e com as alianças já encaminhadas. Pesquisas são retratos do momento. E o momento é de completa indefinição. O eleitor começará a definir o seu voto a partir de agosto — critica Sílvio Torres.

Já o secretário geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), diz que o jogo está completamente aberto e o quadro sem Lula fragmentado. Ele acha que até julho não haverá grandes mudanças e só a o início da campanha na TV poderá introduzir mudanças substantivas.

— O Joaquim Barbosa primeiro tem que convencer o PSB, que não tem mostrado muito interesse em lançá-lo a partir de outras prioridades. Se conseguir legenda teremos um outsider competitivo, mas que não tem perfil conhecido, agrada a direita por conta do mensalão e desagrada por suas posições contra o impeachment e outras comportamentais. Só a TV mexerá com os números. Hoje a dispersão é grande, a mobilização pouca e o interesse do cidadão quase nenhum. O candidato do PT e o Geraldo crescerão — avalia Pestana.

A Assessoria do pré-candidato tucano Geraldo Alckmin, divulgou nota neste domingo na qual minimiza os resultados da pesquisa DataFolha. A nota diz ainda que o candidato está "otimista" com a receptividade que tem encontrado neste início de pré-campanha, e que os eleitores apenas começarão a definir o voto a partir de agosto.

"A pesquisa precisa ser vista com cautela neste quadro em que candidaturas seguras misturam-se a meras possibilidades, criando cenários e números de relevância questionável. Números, aliás, que não permitem inferir qualquer tipo de evolução, já que todos os cenários apresentados diferem dos divulgados na pesquisa anterior do mesmo instituto", diz a nota, acrescentando: "A campanha de Geraldo Alckmin está otimista com a receptividade encontrada nesse início de pré-campanha e com as alianças já encaminhadas. Pesquisas são retratos do momento. E o momento é de completa indefinição. O eleitor começará a definir o seu voto a partir de agosto".

Fonte: O Globo

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