Alckmin fala em política fiscal ‘rigorosa’ e elogia trabalho de Ilan no BC


Ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência afirmou que pretende adotar medidas de ‘corte de despesas e combate à sonegação’

Mateus Fagundes - Estadão


O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. 
Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou em entrevista exibida na madrugada desta terça-feira, 10, que, se eleito, pretende ter política fiscal "rigorosa, com corte de despesas e combate à sonegação". Ele voltou a elogiar ainda a atual condução da política monetária.

"(A política monetária) Está indo muito bem. Já disse e repito que, se eleito, pretendo manter Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central", disse, em entrevista ao programa Band Eleições, da TV Bandeirantes.

Alckmin afirmou ainda que, se eleito, pretende trazer novos investimentos em infraestrutura ao País. "Nós temos liquidez mundial. Com bons projetos e segurança jurídica, podemos, sim, trazer investimento", comentou.

Na avaliação do tucano, o Brasil tem dois grandes desafios. "Nós temos de crescer e aumentar a inclusão social", afirmou.

O ex-governador afirmou ainda que acredita que haverá um afunilamento das candidaturas de centro durante a campanha eleitoral e que irá chegar ao segundo turno. Neste sentido, Alckmin disse que o PSDB "tem tudo para crescer no Nordeste", onde perdeu nas últimas eleições presidenciais.

"Não sei em quantos números, mas acredito que vai haver esta concentração, este afunilamento, durante a corrida eleitoral. Nós vamos trabalhar para ter menos candidatos", afirmou Alckmin, em entrevista ao programa Band Eleições, da TV Bandeirantes.


Foro privilegiado

Alckmin também se posicionou contra a prerrogativa de foro privilegiado a autoridades do país. "Sou contra qualquer tipo de privilégio, sou contra o foro privilegiado. Todo mundo tem de prestar contas e acredito que a lei deve valer igualmente", afirmou o tucano.

Sobre suspeitas de corrupção de membros do PSDB, Alckmin afirmou que defende as "investigações independente de qualquer partido que seja". "O PSDB, como os demais partidos, teve problemas, teve denúncias. A lei é para todos. Defendo punição para quem for culpado e a inocência para quem for inocente", disse.

Em relação às denúncias envolvendo o senador Aécio Neves (MG), ex-presidente do PSDB, Alckmin disse que "ele terá direito de se defender, de prestar contas".


Metrô

O ex-governador se defendeu de críticas à sua agenda de inaugurações de obras nos últimos dias do cargo. Foram seis estações de metrô e trem em três dias. O tucano classificou como “natural” a maratona de inaugurações no final do mandato.

"É importante esclarecer que as entregas de grandes obras sejam entregues ao final do mandato, já que elas envolvem recursos, licitações, desapropriações e as próprias construções", disse Alckmin.


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