Lista inclui parques, mercados e terminais de ônibus; votação definitiva deve ser em agosto
A gestão do prefeito João Doria (PSDB) conseguiu aprovar nesta segunda-feira, 3, em primeira votação, o pacote de concessões de serviços e equipamentos públicos à iniciativa privada, promessa de campanha do tucano.
A lista inclui parques, praças, planetários, mercados, sacolões, serviço de guincho, aluguel de bicicleta, mobiliário urbano, terminais de ônibus e o sistema de Bilhete Único. Já a concessão do Estádio do Pacaembu e a venda de Interlagos, por exemplo, serão discutidas em projetos de lei separados. A previsão é de que o projeto seja votado em definitivo na volta do recesso parlamentar, em agosto.
O pacote foi aprovado com 36 votos a favor, 12 contrários e 1 abstenção, entre os 55 parlamentares (6 não votaram). Três propostas alternativas (substitutivos) apresentadas por Antonio Donato, (PT), José Police Neto (PSD) e Mario Covas Neto (PSDB) foram rejeitadas.
Ao término da votação, vereadores aliados de Doria comemoraram a aprovação aos gritos de 'Doria' e ergueram um cheque simbólico com o valor de R$ 5 bilhões, que é quanto a gestão espera arrecadar com todo o plano de privatização, incluindo o Complexo do Anhembi e o Autódromo de Interlagos.
Também levantaram cartazes com o que será feito com o valor arrecadado com as concessões e privatizações, como 150 km de corredores de ônibus, 66 mil vagas em creche, 30 mil moradias e 900 leitos. Os petistas haviam levado um cheque em branco para criticar a falta de informações e garantias nos projetos do Executivo.
Este é o segundo projeto de desestatização de Doria que avançou no Legislativo. Na semana passada, os vereadores aprovaram, também em primeira votação, o projeto de concessão do Estádio do Pacaembu.
Segundo Aurélio Nomura (PSDB), líder do governo, o projeto pode ser "aprimorado" com sugestões dos vereadores até a votação em segunda discussão. "Tudo cabe. Ainda vamos debater muito até votar em segunda. O importante pé dar condição para aprovar o plano de desestatização, que vai desonerar a Prefeitura de gastos que não são essenciais para levantar recursos para investir em Saúde, Educação, Habitação, Segurança", disse o tucano. Segundo ele, só as concessões do Bilhete Único e dos terminais de ônibus, junto com a extinção dos cobradores, devem gerar uma economia de R$ 1 bilhão por ano.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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