Justiça manda prender secretários suspeitos de desvio em "Museu do Lula"


Folha.com

Vista das obras do Museu do Trabalho e do Trabalhador, em São Bernardo do Campo
Joel Silva - Folhapress 


Dois secretários e um sub-secretário da Prefeitura de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) são alvo nesta terça-feira (13) de mandados de prisão temporária expedidos no âmbito de uma investigação que apura esquema de desvio de dinheiro destinado à construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador, também conhecido como Museu do Lula.

O secretário de Obras, Alfredo Luiz Buzzo, o sub-secretário de Obras, Sérgio Suster, e o secretário da Cultura, Osvaldo de Oliveira Neto, são alvo de mandados de prisão temporária.

Concebido como um marco da gestão do prefeito Luiz Marinho (PT), o museu foi planejado para contar a história do trabalho e das greves do ABC paulista, que lançaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na política.

A obra, iniciada em 2012 e prevista para durar nove meses, recebeu mais de R$ 14 milhões de investimento do Ministério da Cultura, mas ainda não foi concluída.

Foram expedidos ainda outros cinco mandados de prisão temporária, oito de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão para serem cumpridos em São Paulo, Santos, São Bernardo do Campo e Barueri. Há também mandados sendo cumpridos no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo e são cumpridos por 60 policiais federais e dez servidores da Controladoria-Geral da União.

A Polícia Federal apura desvio de recursos obtidos por meio de convênios do Ministério da Cultura com a prefeitura e via Lei Rouanet. Há, de acordo com os investigadores, indícios de superfaturamento, subcontratação ilegal de empresas sem licitação e projetos duplicados de captação de recursos.

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