Adversários tendem a poupar Doria em debate na Globo


Russomanno, Marta e Haddad pretendem se atacar no programa da Rede Globo

O GLOBO

Candidatos à prefeitura se encontram no último debate do 1º turno nesta quinta-feira - Pedro Kirilos / Agência O Globo


Última aparição dos candidatos na televisão antes da eleição, o debate da Rede Globo, nesta quinta-feira, às 22h15m, será palco de confronto entre Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) — os três em busca de uma vaga no segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo. Líder nas pesquisas, João Doria (PSDB) deve evitar o confronto e ser poupado dos embates porque, na avaliação dos adversários, não há mais condições de tirá-lo da disputa.

Haddad pretende partir para o ataque contra Marta e Russomanno, com quem disputa o voto dos eleitores da periferia. O petista manterá a estratégia de nacionalizar a disputa e associar os rivais ao governo Michel Temer.

O prefeito tentará ainda ligar Marta à impopular gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), presidente do partido do vice de sua chapa. Pesquisas internas do petista indicam que o fato era desconhecido do eleitor e prejudica a candidata do PMDB.

Diante da confusão dos eleitores sobre o atual partido de Marta, Haddad quer repetir a tática de mostrar que a candidata, ex-petista, mudou de lado. Citará medidas impopulares defendidas por Temer, como a reforma da Previdência e o teto para gastos públicos. Haddad deve contar com a cooperação indireta de Luiza Erundina (PSOL), que atacará todos, menos o prefeito.

Já a equipe de Marta quer apostar na comparação entre os resultados da gestão dela e do governo Haddad para tirar votos do atual prefeito. A candidata tenta estancar a queda provocada pela associação entre seu nome e a gestão Temer e precisa tornar conhecido seu número na urna.

Marta ainda será alvo de Russomanno, que mudará de estratégia e prepara uma investida contra ela, com quem avalia ter mais votos a disputar. Seria uma forma de reagir à peemedebista, que o acusa de não ter honrado dívidas trabalhista num bar em Brasília do qual era um dos sócios.


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