PSDB não criará discórdia na sucessão de Cunha, diz Aécio


THAIS BILENKY - FOLHA.COM


O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), disse que, como a legenda faz parte da base de apoio do presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP), "não seremos o partido da discórdia" na sucessão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados.

Aécio, contudo, disse que o mandato tampão não deve ser a prioridade do partido, e sim a eleição do novo presidente da Casa, em fevereiro de 2017.

Para a disputa do ano que vem, o PSDB tem uma aliança com o PPS, PSB e DEM e, segundo Aécio, vai buscar o apoio do PMDB. "Por que não? Já que o apoiamos na Presidência da República", afirmou o senador a jornalistas após participar da abertura de evento do Instituto Teotônio Vilela, em São Paulo, nesta sexta-feira (8).

Em sua fala no seminário, o senador afirmou que o PSDB é uma apoiador de Temer "responsável, leal", mas "crítico". Ele citou "sinais trocados" como o aumento dos salários de servidores no "momento em que o ajuste fiscal é extremamente necessário".

O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), respondeu que "não podemos ter nenhum tipo de preconceito partidário" quando questionado se apoiaria um aliado de Cunha, que renunciou na quinta (7).

Aecio e Imbassahy afirmaram que o PSDB se manterá a favor da cassação do mandato de deputado de Cunha.


PÁGINA VIRADA

O senador José Aníbal, presidente do ITV, minimizou a influência que Cunha pode vir a ter caso faça o sucessor.

"Vamos ser bem claros. Ele não vai continuar sendo presidente. Ponto", disse. "A página virou."

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