REYNALDO TUROLLO JR. - FOLHA.COM
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o país está sendo "passado a limpo" e defendeu uma reforma política ao comentar a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, nesta sexta (17).
A delação de Machado, no âmbito da operação Lava Jato, veio a público na quarta (15) e implicou políticos de vários partidos, entre eles o PSDB.
"Sempre que há uma denúncia, tem que ser investigada. Acho que o Brasil está sendo passado a limpo, e é importante para não ter uma cultura de impunidade do chamado crime do colarinho branco", afirmou.
Alckmin atribuiu as denúncias de irregularidades ao sistema político-partidário vigente e empregou um princípio da medicina para comentar a situação trazida à tona pela Lava Jato: "Suprima a causa que o efeito cessa", disse.
"Nós temos um dos melhores sistemas do mundo de apuração eleitoral, com urna eletrônica, e um dos piores sistemas político-partidários. Não é possível continuar com 35 partidos."
O governador também criticou as "campanhas caríssimas" e sugeriu uma reforma política para evitar a corrupção.
"É preciso reforma política, ao menos a proibição de coligação proporcional e cláusula de barreira serem feitas. Isso vai melhorar a qualidade da vida pública, porque se não esses fantasmas de hoje podem reaparecer logo ali na frente", declarou.
Alckmin esteve na cerimônia de posse do novo procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Gianpaolo Smanio, realizada em um auditório da Universidade Mackenzie.
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