Para Alckmin, o país passa por uma crise ética, política, econômica e social



O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez críticas ao governo federal nesta sexta-feira (17) e afirmou que o país vive uma "policrise" –resultado das crises ética, política, econômica e social, nas suas palavras.

O tucano esteve em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), onde entregou carros do Corpo de Bombeiros e participou de um evento que discute os problemas e as ações para o município, um dos mais ricos do Estado.

Para o político, que é cotado para concorrer à disputa presidencial, as famílias pobres não podem pagar pelo "descontrole" nas contas públicas do governo federal. Ele cobrou ações econômicas do governo da presidente Dilma Rousseff. "Não pode o trabalhador, não podem as famílias de menor renda, pagar pelo descontrole das contas públicas do governo federal."

E continuou: "Trago aqui uma palavra de preocupação dessa policrise que o Brasil está passando, uma crise ética, uma crise política, uma crise econômica e uma crise social", disse. "É um momento extremamente grave e nós estamos procurando ajudar", afirmou.

Alckmin se referiu ao encontro realizado nesta semana com a presidente Dilma, em que ele e os governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT); do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB); e do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), fizeram reivindicações.

De acordo com Alckmin, o foco da ajuda é "preservar o emprego", repetiu por três vezes. "Levamos à presidente Dilma a proposta de grande esforço na área de exportação, aproveitando a desvalorização do real e a mudança do câmbio", disse.

"Também sugerimos investimentos mais rápidos nas áreas de infraestrutura e logística. Isso reduz o 'Custo Brasil', melhora e eficiência e gera muito emprego", afirmou o governador, dando como exemplo a obra da linha cinco do metrô paulistano que, segundo ele, emprega 5.000 trabalhadores diretos.

Já com relação ao acirramento da crise política com as denúncias em investigação que atingem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara Federal, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Alckmin defendeu que haja investigação.

"Esse é um tema federal. O que nós defendemos? Nós defendemos a investigação. A investigação é sempre importante para poder esclarecer, fazer justiça. É isso que se deseja. Se fazer investigação", disse.

Fonte: Folha.com

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