Não haverá rodízio em SP em 2015, diz presidente da Sabesp


Jorge Araujo-Folhapress 
O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, participa de CPI da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, disse nesta quarta-feira (13) que a Grande São Paulo não passará por um rodízio de água neste ano. "Estou dizendo que não vamos ter rodízio", disse o executivo da empresa do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

A declaração foi feita em audiência realizada na CPI da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo e é a mais enfática desde o início de sua gestão à frente da empresa de saneamento. Ele assumiu o cargo em janeiro deste ano.

Segundo o executivo, essa certeza se dá pela expectativa de vazão no Cantareira e a redução do volume de água retirado desse sistema. Além disso, a empresa espera que estejam prontas dentro do prazo algumas obras na Grande São Paulo para aumentar a distribuição de água.

A maior dessas obras pretende transferir 4.000 litros de água por segundo do reservatório do Rio Grande (que está com 96,3% de sua capacidade) para o sistema Alto Tietê (com 23,1% de seu nível e com maior capacidade de tratamento e distribuição). Com isso, o excedente no Alto Tietê poderá ser empurrado para áreas do Cantareira (em especial a zona norte da capital) e evitar a adoção de um rodízio em toda a região.

Segundo Kelman, as obras estão em andamento e não deverão atrasar. "Não há motivo para sermos pessimistas [sobre a realização das obras]".

Durante a sessão, o presidente da CPI Laércio Benko (PHS) cobrou o presidente da estatal para a criação de um plano de contingência, caso a previsão da Sabesp dê errado e São Paulo tenha que adotar um rodízio. Sem dar detalhes, Kelman disse que um plano de contingência está sendo feito pela empresa e pela Secretaria de Recursos Hídricos, do governo do Estado.

"Embora não enxerguemos no horizonte a necessidade de se fazer um rodízio, temos que estar preparados para o pior. O governo do Estado, por meio da secretaria de Recursos Hídricos e da Sabesp, se preparam para o pior, que acreditamos que não vai acontecer". A criação deste plano de contingência é um antigo pedido dos prefeitos da Grande São Paulo.

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