Sou o menos conhecido dos candidatos, diz Aécio


Tucano diz que continuará polarizando com o PT

JULIANA CASTRO - O Globo

O canditadto à Presidência Aécio Neves visita o centro de reabilitação ABBR, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio - Pedro Kirilos / Agência O Globo

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves disse, nesta sexta-feira no Rio, que com o novo cenario, depois da morte de Eduardo Campos e a confirmação de Marina Silva como a candidata do PSB, é o menos conhecido entre os presidenciáveis. O tucano disse, também, que não vai cooptar apoio de socialistas descontentes com a oficialização de Marina como candidata ao Palácio do Planalto.

- Tenho um enorme respeito pelo PSB, não vou fazer nenhuma ação de cooptação de quem quer que seja. Se ao longo do caminho a nossa proposta sensibilizar setores do PSB, ou ligados ao PSB, obviamente que serão bem-vindos - disse Aécio em entrevista durante visita à Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio.

Aécio disse que a entrada de Marina na disputa não muda sua estratégia. O tucano continuará polarizando com o PT e fazendo críticas ao governo federal.

- Nós somos a mudança segura, verdadeira, consistente que o Brasil espera. Agora, com esse novo quadro, eu sou o menos conhecido dos candidatos e a nossas propostas podem se tornar conhecidas. Tenho confiança de que estaremos lá (no segundo turno).

Ele visitou o hospital da associação acompanhado do deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ). A estratégia é intensificar a vinda de Aécio ao Rio, onde Marina foi mais forte nas eleições de 2010. Ele deve ter agenda no estado neste domingo e segunda-feira.

AÉCIO PEDE INVESTIGAÇÃO DE REPASSE DE BENS

O presidenciável tucano comentou reportagem de O GLOBO que mostrou que a presidente da Petrobras Graça Foster e o ex-diretor Nestor Cerveró repassaram bens para parentes.

- Não tenho informações para pre-julgar, mas me parece que merece uma investigação essa transferência de imóveis, de patrimônio, dos diretores, dirigentes e ex dirigentes. Me parece num momento como esse ser merecedor de investigação. E o Tribunal de Contas tem a responsabilidade constitucional de fazer essa investigação - defendeu Aécio.

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